Os cabelos não têm a importância vital de um coração ou fígado, mas são uma parte do corpo que recebe atenção extrema do ser humano e faz a indústria cosmética movimentar bilhões de dólares pelo mundo. Um corte de cabelo pode revelar grande parte da personalidade do indivíduo e até mesmo ser o símbolo de uma época.
No decorrer da história, os cabelos foram de suma importância para mostrar alterações de atitude das pessoas, comportamento e visão do mundo. Esse relato desde a Idade Antiga até os dias atuais está documentado no livro “A história do Penteado”, de Silvia Marques (Matrix Editora, 128 páginas).
Em algumas culturas, o cabelo demonstrava a posição social, profissional e até mesmo religiosa. Na Roma antiga a pessoa com os cabelos raspados evidenciava sua inferioridade, pois nessa época apenas escravos, prisioneiros ou traidores utilizavam esse tipo de corte. Atualmente, ter a cabeça raspada é sinal de modernidade ou rebeldia.
A obra de Silvia Marques mostra ainda a força dos cabelos para a indústria cosmética e médica, pois além das tinturas, cremes para pentear, xampus e condicionadores específicos, movimenta profissionais especializados e diversos produtos. Nos anos 1970, por exemplo, surgiram nos salões de beleza os secadores portáteis. E nos 1980, eles passaram a ser disponibilizados para as compras. Os cabelos também geram renda para os profissionais e laboratórios médicos que lidam com a calvície e diversos outros tratamentos.
Em sua parte final, o livro conta os mitos e verdades sobre o universo capilar, como: cortar as pontas dos cabelos uma vez por mês ativa o crescimento? Tingir os cabelos de cores escuras é menos prejudicial do que tonalizar com cores claras?
A obra também desvenda os mistérios das ruivas, consideradas exóticas, e a rivalidade entre loiras e morenas. Um livro para entender a importância visual e comportamental que os cabelos exercem sobre a sociedade e servir como fonte de inspiração para repaginar a aparência das madeixas.
Fonte: Gazeta digital
Foto: divulgação