Último Round – calvície

Hormônios x Cabelos

Nem é preciso dizer, mas vamos lá: a causa da calvície é genética e contra esse gene defeituoso a ciência ainda não encontrou a solução. Mas há muito o que fazer para não figurar no porta-retrato tal qual seu pai, seu avô, se tataravô…

Citado em marchinhas carnavalescas e histórias bíblicas, o cabelo masculino, ou melhor, a falta dele, continua a assombrar o homem do século 21. E o terror é real : só nos Estados Unidos o FDA (órgão americano equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil) calcula que 40 milhões de homens apresentam a chamada alopecia androgenética, queda provocada por predisposição genética, a mais comum das causas que levam à gradual calvície. Ex: Professor instrutor de dermatologia da Santa casa , em São Paulo, e autor do livro Doenças dos Cabelos e do Couro Cabeludo, o Dr. José Marcos Pereira troca miúdos as causas do problema: Com exceção do minoxidil, utilizado para permitir maior irrigação sanguínea do couro cabeludo, todos os tratamentos contra calvície masculina estão centrados em inibir a 5 alfa, redutase, enzima vilã, geneticamente herdada, que transforma a testosterona em diidrotestosterona ( DHT ), responsável direta pela queda dos fios. Em pacientes mais jovens, prescrevo, inicialmente , a espironolactona tópica ; caso não funcione, o próximo passo é um medicamento à base de 17 alfa, estradiol. Como última tentativa, recorro ao finasteride. O tratamento, completa José Marcos, dura ad eternum : tal qual a hipertensão e a diabete , se o paciente pára de tomar, a queda recomeça. Quem leu até aqui provavelmente está enquadrado no porcentual fatídico, aquele que não registra melhora com tratamentos. Pra vocês, as novidades começam agora:

Adeus aos tufos

Horror absoluto, os tufos dos transplantes outrora realizados deram lugar a fios que parecem ter estado desde sempre em sua cabeça. Técnicas refinadas tornaram possível conseguir unidades capilares com um, dois ou três folículos, em vez dos antigos tufos com 12 a 20 folículos – , revolucionando essa cirurgia que permaneceu mais de três décadas em total inércia, afirma o cirurgião dermatológico João Carlos Pereira, da Clínica Derm, em São José do Rio Preto, São Paulo, pioneiro da nova fase do transplante de cabelos no brasil. A anestesia é local, com sedação superficial para o paciente ficar tranqüilo e confortável : afinal, são cinco a sete horas de trabalho numa megassessão de 2.500 mudas.